Quatro mulheres que vivem quatro conversas ao espelho, quatro momentos, quatro experiências, quatro entendimentos, quatro vidas, ELAS tem no quarto o único refúgio de auto-análise, de memórias, de confidências neste universo feminino, com seus dogmas, dúvidas,
tabus, conceitos, motivações, explicações e complicações.

Antes de ter um texto em mãos, antes de ter um elenco, surgiu uma idéia. Ter no palco beleza e sofisticação com um tema que tivesse algo nesse padrão. O Amor e a Mulher. Depois disso, dentro de pesquisas em Clarice Lispector e Cecília Meireles, estabeleceu o nome do projeto: ELAS.

A proposta do grupo é de estudar a melhor forma de colocar esses quatro textos para as atrizes e para o espectador. Dentro da nossa proposta cênica, temos elementos dos vários gêneros teatrais, o épico em maior força, o dramático e o lírico. Num contexto geral, destacamos como uma montagem dentro dos "padrões" do Teatro Épico, com todos os seus elementos de narração, estranhamentos, quebras e a partes.  A forma que abordou-se cada personagem em pesquisa com cada atriz é que conseguimos destacar os outros gêneros teatrais. As quatro histórias são bastante diferentes e parecidas dentro do contexto, o espectador pode eleger uma, duas ou as quatro para acompanhar, onde, ora sim, ora não, as atrizes interpretam suas personagens com movimentações das outras, dentro das suas movimentações ou simplesmente ausentes de interpretação.

A psicologia colocada de lado, junto a ela os sutis padrões morais da sociedade, foi o texto proposto por Moisés Neto à montagem de Elas. "O ocaso de Celeste" ou "O caso de Celeste" colocou a atriz Laís Vieira a indagar a personagem e o público o tempo inteiro dentro das propostas estabelecidas pela personagem. O processo de estabelecimento desta personagem está sendo quase dialético dentro do grupo, pois muitas questões internas e descobertas ainda estão surgindo, o que tem tornado o trabalho bastante enriquecedor.


Ficha Técnica

Texto de Rosa Felix, Eduardo Matos, Pedro Felix e Moisés Neto
Direção: Jorge Féo
Elenco: Chandelly Braz, Laís Vieira, Maria Odete Araújo e Paulina Albuquerque
Direção musical e Voz: Henrique Macedo
Cenografia: ELAS
Plano de Luz: Cleison Ramos
Execução de Luz: Cleison Ramos e Ailton Brito
Figurino: Francisca por Virgínia Falcão
Coreografia:Juan Guimarães
Fotos: Thomas Baccaro
Designer Gráfico: André Britto Negrão
Assessoria de Imprensa: Jota Araújo
Operação de Som: Vanessa Lourena
Bilheteria e contra-regragem: Ádila Gadelha
Produção: Jorge Féo, Maria Odete Araújo e Paulina Albuquerque.

Teatro Joaquim Cardozo
Sábados e Domingos 20h
Novembro de 2007


Elenco de "Elas"

 O diretor Jorge Féo com o elenco de "Elas" (Fotos: Thomas Baccaro)

Matérias publicadas
• JORNAL DO COMMERCIO
Recife, 1º de novembro de 2007


UM QUARTO PARA QUATRO MULHERES
O Joaquim Cardozo volta a incrementar a programação cênica da cidade com uma estréia – o espetáculo Elas – dirigida por Jorge Féo, inspirado depois de pesquisar os textos de Clarice Lispector e Cecília Meireles, traz ao palco quatro mulheres que dividem o mesmo quarto, mas não contracenam entre si. As personagens Sofia, Celeste, Anne e Carolina têm histórias díspares, mas com o mesmo pano de fundo – o amor. Amar errado, amar quem não ama, amar o que é do outro: as várias possibilidades do tema dentro do universo feminino são vividas por estas mulheres bem-sucedidas.

Cada uma delas tem um texto exclusivo: Carolina foi escrito por Rosa Felix para Chandelly Braz, A densidade da água foi feito por Eduardo Matos e interpretado por Paulina Albuquerque, Sofia de Anhalt é de autoria de Pedro Felix e escrito para Maria Odete Araújo, e, finalmente, O ocaso de Celeste, de Moisés Neto para Laís Vieira. Elas fica em cartaz aos sábados e domingos, às 20h.

Mais detalhes: ver roteiro.






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