Este é um pequeno trecho do poema que Moisés lançou dia 11 de setembro de 2002, no Memorial de Medicina (Sede da Covest), Praça do Derby, em Recife. O autor define-o como "um tragicômico poema épico sem heróis". Notícias Americanas custa R$ 10,00 e pode ser adquirido na cadeia de livrarias Imperatriz, no Recife. A versão eletrônica pode ser baixada gratuitamente aqui.


Notícias Americanas (trecho)

Poema de Moisés Neto.

Vou cantar os acontecimentos de uma guerra
Meu canto tragicômico, dificilmente aqui se encerra
É o conflito américo-afegão desde 11/09/01, quando
Duas torres em New York e o Pentágono foram desmoronando

É um jogo de rimas e fatos. Palavras que não pude calar
Não posso cantar as glórias, não há herói a se louvar
As divindades postas de lado, os homens assumem seus destinos
Tão distantes acontecimentos trazidos pela mídia em desatinos

Invoco forças cósmicas e terrestres para ajudar minha escrita
Peço às musas que me ajudem e ao leitor que reflita
Para que este poema que agora inicio cumpra a sua finalidade
Tenha boa trajetória, sirva pelo menos de reflexo à humanidade

Tão difícil parece a minha dedicatória
Às musas, aos desejos, nesta fome de história
Aos amigos, aos parentes. Ao Recife, enfim
Que, com calor e ânsia, arde dentro de mim

Nova York: centro financeiro do capitalismo mundial
Pentágono(Washington): complexo militar industrial
Coração do que podia ser uma pseudodemocracia racista imperialista
Estados Unidos humilhados. Com explosões da fúria “terrorista”

Foi assim: quatro aviões americanos foram seqüestrados
Dois explodiram os dois maiores prédios de Nova York (tudo televisionado)
O terceiro derrubou um pedaço do Pentágono (sede do poder americano)
E um quarto caiu, quando tentava atingir a Casa Branca. 11/09/01. Que plano!


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